Suspense científico em Marte



Com doses de humor, o best-seller “Perdidos em Marte” cativa o leitor com a saga de um astronauta abandonado no Planeta Vermelho.



“Estou ferrado”. São as primeiras palavras em excesso de um astronauta que de um sonho, caiu em um pesadelo inóspito e aterrorizante para qualquer ser humano: estar abandonado na aridez e na completa solidão de Marte, “Seis dias depois daqueles que deveriam ser os dois meses mais importantes da minha vida”.
De início, o leitor se depara com uma tragédia sem precedentes em “Perdidos em Marte”, best-seller de Andy Weir. A história de Mark Watney, décima sétima pessoa a pisar no Planeta Vermelho, poderia muito bem ser verdade em um futuro não muito distante. Tanto que sua saga já chamou a atenção dos produtores de Hollywood e chegará mês que vem (1 de outubro) aos cinemas, pelas mãos de Ridley Scott e com Matt Damon no papel principal.
Narrada em primeira pessoa, a trajetória do astronauta que, após uma tempestade de areia, é abandonado pela tripulação da missão Ares 3 em Marte. É uma montanha russa de sensações que transporta integralmente o leitor à situação inesperada do cientista.
Ao adicionar dados científicos preciosos em meio à história de superação de Mark, a obra se revela uma ficção com ares de um thriller surpreendentemente divertido, apesar da situação absurda do protagonista, dotado de humor quase inabalável e que não se entrega ao inevitável drama de não saber se vai viver ou morrer.
É impossível não acelerar os batimentos cardíacos com um herói que tinha tudo para desistir e se entregar à morte, mas decide contra todas as previsões, iniciar uma escalada improvisada e repleta de otimismo para manter acesa a sua fagulha de esperança, ao cultivar alimentos no solo marciano, a partir de batatas frescas trazidas na missão e suas próprias fezes, e tentar entrar em contato com a Nasa.
Em um diário, o leitor acompanha a evolução e a luta pela sobrevivência do homem em Marte, e sente o suspense crescer a cada página conforme os suprimentos se aproximam do fim, e a situação piora quando acontecimentos inesperados irrompem, mas cativado pelo otimismo quase onipresente de Mark.
“Tenho uma montanha de trabalho a fazer antes de pegar esse ônibus para casa” seria o pensamento de qualquer trabalhador ordinário no fim do expediente, mas é justamente (e de forma hilária) no que pensa Mark quando descobre que há uma missão disposta a resgatá-lo. Até o fim, seu possível salvamento transforma-se em um espetáculo que revela a capacidade humana de superação, ensina lições de humanidade e mostra até onde o homem e seus limites podem ir.

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